Ser uma estudante de psicologia dá um nó na minha cabeça às vezes. Ainda mais no último ano. Me acompanhem, gentle viewers, enquanto discorro sobre alguns aspectos do setting dos 3 estágios que eu tô fazendo (imaginem as respostas com as vozes das supervisoras...tá, se vocês as conhecessem):
sobre dar telefone pro paciente: Plantão: de jeito nenhum. Ele tem o número da clínica, não precisa de mais nada. Acompanhamento Terapêutico: filha, tu é loka se tu num der. Se o paciente surta, abandona tudo? Como ele vai entrar em contato com você, se precisar? Psicologia Hospitalar: se reduzir a ansiedade da cirurgia...
sobre falar de você: Plantão: de jeito nenhum. Você não tá aqui pra dar conselho. Leva isso pra análise. Acompanhamento Terapêutico: ai, pode. Isso ajuda a formar o vínculo que, com psicótico, é mais difícil (você sabe). Mas sem exageros. Psicologia Hospitalar: se reduzir a ansiedade da cirurgia...
sobre ligar pro paciente: Plantão: de jeito nenhum. Ele procurou a clínica, não estamos aqui pra caçar ninguém. Acompanhamento Terapêutico: liga. Sempre é bom ligar pra saber como ele tá. Psicologia Hospitalar: se reduzir a ansiedade da cirurgia...
sobre dar risada em supervisão: Plantão: de jeito nenhum. Eu sou uma estudiosa, não uma palhaça®. Acompanhamento Terapêutico: com tanta coisa bizarra, você quer que eu não ria? Ela acabou de contar que fez papel de ridícula achando que o paciente tava se comunicando por mímica com ela e ela respondeu, mas era tique do psicótico e você quer que eu não ria? Psicologia Hospitalar: se reduzir a ansiedade da cirurgia...