29.5.05
don't leave me dry

Ser uma estudante de psicologia dá um nó na minha cabeça às vezes. Ainda mais no último ano. Me acompanhem, gentle viewers, enquanto discorro sobre alguns aspectos do setting dos 3 estágios que eu tô fazendo (imaginem as respostas com as vozes das supervisoras...tá, se vocês as conhecessem):

sobre dar telefone pro paciente:
Plantão: de jeito nenhum. Ele tem o número da clínica, não precisa de mais nada.
Acompanhamento Terapêutico: filha, tu é loka se tu num der. Se o paciente surta, abandona tudo? Como ele vai entrar em contato com você, se precisar?
Psicologia Hospitalar: se reduzir a ansiedade da cirurgia...


sobre falar de você:
Plantão: de jeito nenhum. Você não tá aqui pra dar conselho. Leva isso pra análise.
Acompanhamento Terapêutico: ai, pode. Isso ajuda a formar o vínculo que, com psicótico, é mais difícil (você sabe). Mas sem exageros.
Psicologia Hospitalar: se reduzir a ansiedade da cirurgia...


sobre ligar pro paciente:
Plantão: de jeito nenhum. Ele procurou a clínica, não estamos aqui pra caçar ninguém.
Acompanhamento Terapêutico: liga. Sempre é bom ligar pra saber como ele tá.
Psicologia Hospitalar: se reduzir a ansiedade da cirurgia...


sobre dar risada em supervisão:
Plantão: de jeito nenhum. Eu sou uma estudiosa, não uma palhaça®.
Acompanhamento Terapêutico: com tanta coisa bizarra, você quer que eu não ria? Ela acabou de contar que fez papel de ridícula achando que o paciente tava se comunicando por mímica com ela e ela respondeu, mas era tique do psicótico e você quer que eu não ria?
Psicologia Hospitalar: se reduzir a ansiedade da cirurgia...


Vou fundir.

  12:46 PM     



...