Já que nada tem acontecido, vou contar daquele evento que sempre dá muito pano pra manga, todo ano. Aniversário do meu irmão. Eu sabia que não ia prestar. Revendo o histórico dos últimos aniversários dele:
Há 3 anos: fomos num bar na Pompéia e eu conheci o fantástico mundo da tequila; pessoas voando pra fora do armário conforme a bebida ia subindo (bom lembrar que não é só comigo que isso acontece) e o lugar ia esvaziando; primeiro queer drama presenciado em aniversários do meu irmão.
Há 2 anos: fomos a um pub incrível e eu conheci o fantástico mundo do cosmopolitan; pessoas voando pra fora do armário conforme a bebida ia subindo (bom lembrar que não é só comigo que isso acontece) e os namorados de tais pessoas chegavam; recebi mordidas impróprias de tais pessoas (guarde esse fato, vai ser útil ali na frente); segundo queer drama presenciado em aniversários do meu irmão.
Há 1 ano: fomos a um bar de jazz e eu conheci o fantástico mundo do Hi-Fi; ninguém voou pra fora do armário, mas muita gente disse que eu havia "mudado"; sem queer drama; foi um aniversário atípico; acabei num duplex em Perdizes.
Esse ano: no mesmo bar do ano passado e eu conheci o fantástico mundo da margarita; pessoas voltando para o armário (sim, me mordeu aquele ano e esse ano disse que se fosse hetero me catava porque eu tenho o melhor do meu pai e o melhor da minha mãe); acabei num flat na Alameda Casabranca com pessoas desconhecidas; o queer drama do ano se resumiu aos convites de tais desconhecidos para irmos à The Week.
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Bebida, queer drama e armários voando em volta de mim. Ou seja, todos os meus fins de semana.
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Acabei de perceber que postei justamente o que a minha mãe não gostaria de ler. Freud explica.