27.7.05
why are you dancing when you could be alone?

Já que nada tem acontecido, vou contar daquele evento que sempre dá muito pano pra manga, todo ano. Aniversário do meu irmão. Eu sabia que não ia prestar. Revendo o histórico dos últimos aniversários dele:

Há 3 anos: fomos num bar na Pompéia e eu conheci o fantástico mundo da tequila; pessoas voando pra fora do armário conforme a bebida ia subindo (bom lembrar que não é só comigo que isso acontece) e o lugar ia esvaziando; primeiro queer drama presenciado em aniversários do meu irmão.

Há 2 anos: fomos a um pub incrível e eu conheci o fantástico mundo do cosmopolitan; pessoas voando pra fora do armário conforme a bebida ia subindo (bom lembrar que não é só comigo que isso acontece) e os namorados de tais pessoas chegavam; recebi mordidas impróprias de tais pessoas (guarde esse fato, vai ser útil ali na frente); segundo queer drama presenciado em aniversários do meu irmão.

Há 1 ano: fomos a um bar de jazz e eu conheci o fantástico mundo do Hi-Fi; ninguém voou pra fora do armário, mas muita gente disse que eu havia "mudado"; sem queer drama; foi um aniversário atípico; acabei num duplex em Perdizes.

Esse ano: no mesmo bar do ano passado e eu conheci o fantástico mundo da margarita; pessoas voltando para o armário (sim, me mordeu aquele ano e esse ano disse que se fosse hetero me catava porque eu tenho o melhor do meu pai e o melhor da minha mãe); acabei num flat na Alameda Casabranca com pessoas desconhecidas; o queer drama do ano se resumiu aos convites de tais desconhecidos para irmos à The Week.

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Bebida, queer drama e armários voando em volta de mim. Ou seja, todos os meus fins de semana.

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Acabei de perceber que postei justamente o que a minha mãe não gostaria de ler.
Freud explica.

  5:30 AM     



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